domingo, 20 de novembro de 2005

Seja (ir)responsável!


Me deparei com o livro ainda em Brasília, na casa de uma amiga. Muito interessante o livro. Por isso pensei em publicar um texto sobre ele no meu blog. Depois escrevo sobre minha viagem e os 10 dias que fiquei em Brasília.



As pessoas andam cada vez mais na ânsia de informação e cultura, e com isso, se estressam e se frustram. É humanamente impossível assimilar tudo de uma só vez. Portanto, pensamento positivo nessas horas é imprescindível. Tornar o desejo força de vontade. Um componente cultural tremendamente complexo que deve ser considerado: se há um problema - e se esse problema atrapalha os outros - e a pessoa não parecer preocupada, todos a tacharão de irresponsável. Exemplo comum: o chefe manda uma tarefa ao empregado - "Corra, veja logo isso". O empregado já fica ansioso com o problema a resolver e não se torna confiante. Tira a atenção de tudo para aquele mandamento. Por outro lado, se ele controla a sua ansiedade, tudo se torna mais claro. E responde para o chefe baixinho: "Agora não, tenha calma!". Assim nos tornamos mais "irresponsáveis", pois acabaremos com os problemas sem hesitar, e com isso, não nos preocuparemos tanto. É como um lutador de boxe, no seu round. Ele curte a luta, e dá o máximo que pode de si para ganhar. E acaba ganhando. Claro que precisamos nos preparar para tudo na vida. Para ser "irresponsável", precisamos se preparar e ter conhecimento. Por outro lado, um empresário que almeja o sucesso, e pensa logo em suas vendas, e não em sua carreira, dificilmente obterá o resultado esperado. A ansiedade o corrompe nessas horas, e tira a atenção sobre o seu ego. Ele se torna capitalista demais com sua empresa, e acaba não direcionando para o caminho correto. Portanto, pense duas vezes antes de se preocupar com alguma coisa. Aja!!


Sugestão de Leitura:

Como controlar a Ansiedade, Michel Echenique.

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Um estrondo maior! (A bigger bang!)


Recentemente, escutei o mais novo álbum dos "sessentões" astutos dos The Rolling Stones, coberto de músicas inéditas, e o primeiro desde 1997 - "A Bigger Bang". Traz músicas românticas, outras mais pesadas, típicas dos cds mais antigos, e uns blues. E uma delas, que vem ganhando destaque no mundo todo por seu olhar crítico sobre a política imperialista , é a 10ª faixa: "Sweet Neo con". A faixa mexe com George W. Bush, o presidente dos EUA, e seu governo neoconservador. Eu, particularmente, adorei e apóio a banda. A batida de guitarra soa bem, a gaita afiada, com a voz inconfundível de Jagger, criticando o maluco do Bush. Em um dos trechos da música diz:

"Você diz que é cristão, eu digo que é hipócrita/
Você diz que é patriota, pois eu acho que tem a cabeça cheia de merda".

Outras músicas empolgantes como "Laugh, I Nearly Died" e "Streets of Love", mostra que os velhinhos ainda estão com muita disposição e fôlego. Inclusive o guitarrista Keith Richards canta em algumas músicas. Eu estou esperando que eles venham ao Brasil em fevereiro, na turnê do Rio, como prometeram. Se forem mesmo, darei um jeito de vê-los.

Abaixo vejam a letra completa de "Sweet Neo con":

You call yourself a Christian
I think that you're a hypocrite
You say you are a patriot
I think that you're a crock of shit

And listen now, the gasoline
I drink it every day
But it's getting very pricey
And who is going to pay

How come you're so wrong
My sweet neo con....
Yeah

It's liberty for all
'Cause democracy's our style
Unless you are against us
Then it's prison without trial

But one thing that is certain
Life is good at Halliburton
If you're really so astute
You should invest at Brown & Root.... Yeah

How come you're so wrong
My sweet neo con
If you turn out right
I'll eat my hat tonight

Yeah, yeah, yeah, yeah....

It's getting very scary Yes,
I'm frightened out of my wits
There's bombers in my bedroom
Yeah and it's giving me the shits

We must have lots more bases
To protect us from our foes
Who needs these foolish friendships
We're going it alone

How come you're so wrong
My sweet neo con
Where's the money gone
In the Pentagon

Yeah ha ha ha
Yeah, well, well
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Neo con

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

O beijo de Doisneau


"O beijo" (Les Amoureux de L`Hôtel de Ville), de Robert Doisneau.

Talvez o beijo mais famoso do mundo, captado pelo talentoso francês Doisneau. É revisto em cartazes, cartões-postais e pôsteres ao redor do mundo até hoje. Foi leiloada em abril por 155 mil euros, pela mulher da foto.

A foto expressa um momento de romantismo de um casal anônimo de Paris, em plena praça pública do Hotel De Ville, em 1950. Era a Belle Époque de Paris. Doisneau estava imcubido de fotografar apaixonados, para a revista Life. O fotógrafo avistou o belo casal, e pediu para que eles se beijassem ali mesmo. Eles não resistiram à paixão. A espontaneidade e o tesão dos dois foi tamanha que nem pareceu um mero pedido, mas sim o verdadeiro sentido do amor. Um simples beijo que revolucionou a euforia dos casais apaixonados.

Para quem não conhece, que fique conhecendo agora umas das mais belas fotos de romantismo.

Para ver mais fotos de Robert Doisneau: http://www.moorsmagazine.com/fotos/doisneua.html

Notícias do Brasil



**Leiam a crônica que meu pai fez pra o jornal, indignado com a atual situação do nosso país, entregue nas mãos desses depravados políticos.


"Os veículos de comunicação, diariamente, trazem-nos informações acerca das incursões de determinados indivíduos à fazenda pública.
É a interminável corrupção brasileira.
Impressiona-nos a facilidade de movimentação dos vultosos recursos financeiros. Cifras astronômicas passaram pelo valeriooduto: de R$5.000,00 a R$15.000.000,00 per capita, de acordo com o nível de importância na escala de valores vigorante. Além desse desrespeito à ordem financeira, somos alvo das mentiras mais descaradas. Desdenham da nossa inteligência. Consideram-nos indiferentes às ações nefastas cometidas por esses elementos que circundam a política desta República.
Os maus parlamentares, o carequinha, doleiros, tesoureiros sonolentos, aspones de todas as procedências, guerrilheiros arrependidos, cafetinas deslumbradas, madames enigmáticas à cata dos seus quinze minutos de fama, portadores de cuecas infláveis, detentores de malas recheadas e outros partícipes, continuam a compor um cenário tragicômico, uma ópera-burlesca, um surrealismo que assustaria até o pintor espanhol Salvador Dali. Ou estamos diante das cenas terríveis descritas por Dante Alighieri no “Inferno” de sua Divina Comédia?
Basta. Chega. A nossa paciência com esses fatos deve ter limite. Punir os culpados por essas irregularidades é preciso.
Modernizar nossas leis é imprescindível. A reforma profunda do sistema político/eleitoral desse país não pode ser mais adiada.
No campo econômico, ainda persiste o radicalismo ortodoxo que privilegia o capital financeiro em detrimento do investimento produtivo.
Quanto aos recursos orçamentários públicos, devem ser redirecionados, de forma criteriosa, às funções primordiais do Estado: Educação, saúde, habitação, segurança pública, saneamento básico, assistência social, previdência, trabalho, ciência e tecnologia, direitos da cidadania, cultura,
gestão ambiental, transportes, enfim em tudo o que for essencial ao desenvolvimento sustentável da nação.
Enquanto isso, 55 milhões de brasileiros vivem na miséria, com renda familiar inferior a meio salário mínimo por mês. Outros 22 milhões de compatriotas estão na indigência, tentam sobreviver com um quarto de salário mínimo. É preciso dizer algo mais? Torna-se dispensável descrever o reflexo dessa monumental desigualdade social na qualidade de vida de todos nós.
Necessitamos mudar. E essa mudança deve contar com o discernimento de todos os cidadãos entristecidos com o quadro político-econômico atual do nosso Brasil."

Nelson Santiago Filho

quinta-feira, 28 de julho de 2005

Força de vontade


Dia desses, eu estava no ônibus, indo pra universidade, quando subiu de repente um caixeiro-viajante, já falando alto, anunciando seu produto. "Atenção pessoal, estou vendendo vários itens, pomadas, xaropes, remédios, calmantes, bactericidas, antidepressivos..." Tudo que você imaginar ele vendia. Até laxante tinha. O preço: 1 mísero real, ou apenas um passe. Ele não parava de falar. E anunciava o seu ganha-pão, o seu sustento. Eu achei interessante aquela figura baixa, com bigode ralo, a rondar pelo ônibus, com uma mala nas costas. Quando me aproximo, noto que me era familiar. Já o tinha visto em algum canto. Era só impressão mesmo. Quase que o chamava. Brasileiro é tudo igual mesmo. Mas ficou na minha memória o resto do dia, aquele homem astuto, fazendo a propaganda do seu trabalho. Enquanto muitos na rua, a roubar e ser preso, ele lá, nos ônibus, falando alto e vendendo pomadas...

segunda-feira, 25 de julho de 2005

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras!


Nada como ler um livro de manhãzinha, em pleno domingo, depois do café. Muito bom! Tentem fazer isso em casa. O livro que acabei de ler recentemente foi “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”, mais nova criação de Jô Soares, lançado agora há pouco. Ele retoma o modelo de paródia policial, como em O Xangô de Baker Street, com suas deixas jocosas e bem-humoradas. A história se passa no Rio de Janeiro, na áurea década de 20, muito bem retratado pelo autor, em plena construção do Cristo Redentor e do recém inaugurado Copacabana Palace. Revela também as figuras ilustres da época, como os escritores Graça Aranha e Coelho Neto, e o jogador Preguinho. O personagem principal é o comissário mulherengo Machado Machado, que tem o seu nome duplicado devido à admiração do pai ao escritor Machado de Assis. O policial tenta desvendar os mistérios que permeiam na Academia, onde os literatos são furtivamente envenenados, um atrás do outro. E Jô não poderia escolher um local mais cômico que a ABL para suas pilhérias, com aqueles velhinhos de fardão amarrotado, em torno do chá das 5, orgulhosos com o seu ego. O autor destaca as desavenças entre alguns acadêmicos. A politicagem local em torno da escolha de um novo membro, com todos os seus vícios e deméritos, valendo-se mais de interesse ao talento. Enfim, a obra é uma diversão garantida para quem curte não uma trama policial, mas um enredo cheio de gracejos e erotismos momentâneos. Recomendo a todos!

sexta-feira, 22 de julho de 2005

Dia qualquer!!


Todas as manhãs de segunda tenho aula de laboratório na UFPB. É a forma mais visível de ver a precariedade do Centro Tecnológico. Na primeira aula, a professora Gianna mostrava em slides vários instrumentos importantes num laboratório, os quais muitos não havia. Ela se mostrava frustrada. Todo o manual de segurança ela tinha, menos os aparelhos necessários. "Em caso de queimadura, use pomadas a base de bicarbonato...". Algumas, até que poderia se fazer na hora, mas outras não tinham. "Em caso de acidente, procure um médico imediatamente". Que médico? A única solução é levar a vítima à um hospital mais próximo, às pressas, ou levar, sem muita chance de ser atendida, ao HU. Eu fico até com medo de mexer nos aparelhos, pra não acontecer nada de pior. Até quando vai ficar assim?? Será que ninguém sabe disso??

domingo, 17 de julho de 2005

“Pé quebrado”


Toda a rotina muda quando você quebra uma perna, ou parte dela. Um simples escorregão e você pode fraturar o perônio, a tíbia, o tarso, entre outros ossos. O único lugar apropriado para ficar depois disso é em uma cama. Repouso e mais repouso. Não apóie o pé quebrado! Use uma bengala. Agora vai ter que passar uns 60 dias com o pé engessado e sem andar direito. Não vai poder ir paras as festas, para o trabalho, para algum evento social, fazer um exercício físico. Tudo muda. Simplesmente ficar em casa o dia inteiro. É nessas horas que damos mais valor ao nosso lar e à nossa saúde. Pensamos também que podemos ter nosso descanso em situações adversas como essa. Acredito que muitos profissionais, como os médicos, nem o direito de quebrar o pé têm. Para manter uma família de 2 filhos, de classe média, necessitam atender diariamente 1 paciente a cada 20 minutos, 8 horas por dia sem interrupções, 5 dias na semana. É realmente uma falta de tempo. Pensando bem, quebrar o pé até que é bom em certos casos.

>>>>>>>>>>>>>>>>>Curiosidades à parte<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

Quebrar o pé, porém, tem o seu lado ruim também. Para quem não sabe, o gesso vem da gipsita, um minério muito encontrado no sertão, nordeste do país. Acontece que, para tirar a gipsita do chão, muitas indústrias acabam destruindo o meio ambiente. Fazem imensos buracos, e cortam a vegetação da região para servir de lenha nos fornos das fábricas. É quebrando o pé e poluindo a natureza. Um absurdo! Tome cuidado em lugares escorregadios e lamacentos. Olhe aonde está pisando! A não ser que queira descansar um pouco, e tenha tempo para isso. É isso. Por hoje.

Uma conversa de bar...

Finalmente fiz um blog... Sempre tive vontade de ter um. É, na verdade, mais uma conversa íntima e sincera que quero manter com as pessoas e com meus amigos, sempre que possível. Minha rotina e meu dia-a-dia serão expostos aqui. Uma conversa mole, descompromissada, em que você participa sem pressa, sem obrigação. Quando não tiver mais nada pra que fazer.