sexta-feira, 15 de maio de 2009

Alfinetadas inteligentes




Quando Churchill fez 80 anos, um repórter de menos de 30 foi fotografá-lo e disse:

- Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos.

A resposta parecia estar pronta na boca de Churchill:

- Por que não? Você me parece bastante saudável.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pérolas de Maria!




Maria respondia às dúvidas dos leitores de sua coluna do jornal "Última Hora" com uma ironia fina e um deboche da alta sociedade carioca:

- Sr. Antonio Maria, é verdade que os casais se aproveitam da escuridão da boate? - pergunta uma leitora, querendo saber dos bastidores das grandes farras nas noites do Rio.

Prontamente, ele diz:

- Muito. E levam cinzeiros, as xícaras, os talheres e os guardanapos.


Parece que foi ontem que Maria escreveu essa deixa no jornal, mas foi em 1961. O talentoso cronista finge que não entende parte da pergunta, mas concorda com o todo: o mundo está mesmo cheio de sem-vergonhas!!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Um homem chamado Maria



Semana passada eu terminei de ler o livro "Um homem chamado Maria", do ex-jornalista da Veja, Joaquim Ferreira dos Santos, que delata com maestria a vida boêmia, glamourosa e ao mesmo tempo meio amarga do "bon vivant" das mulheres e das palavras: Antonio Maria.


Jornalista, comentarista esportivo, compositor e apresentador de tv, nascido em Recife, Antonio Maria foi logo cedo tentar a vida no Rio. Ao utilizar o seu talento indiscutível, o jogo de palavras, Maria marcou época nos jornais "Última Hora", "O Jornal" e "O Globo", dentre outros, ao escrever as suas crônicas diárias. Ele também fazia sucesso no amor: era um indiscutível mulherengo e conselheiro amoroso. Dizia que só precisava de duas horas de papo para as beldades esquecerem o seu rosto, e inebriava qualquer salão da década de 50, seja na boate Vogue ou no Sacha´s, todas elas suas residências mais fixas na época.


Suas valiosas amizades da época se destacam, naipes como Vinícius de Morais, Ary Barroso, Fernando Sabino, Chico Anysio, o ainda desconhecido Chacrinha, Danuza Leão, e tantos outros artistas e compositores consagrados hoje no Brasil e no mundo.

Maria também compôs pelo menos nove obras-primas da música popular brasileira: Ninguém me Ama, As Suas Mãos, O Amor e a Rosa, Menino Grande, Se Eu Morresse Amanhã, Frevo Número Um do Recife, Valsa de uma Cidade, Canção da Volta, Manhã de Carnaval. Infelizmente, hoje não há a devida divulgação da mídia brasileira em relação às músicas do pernambucano e o reconhecimento de um grande repercursor do samba-canção brasileiro.