terça-feira, 12 de maio de 2009

Um homem chamado Maria



Semana passada eu terminei de ler o livro "Um homem chamado Maria", do ex-jornalista da Veja, Joaquim Ferreira dos Santos, que delata com maestria a vida boêmia, glamourosa e ao mesmo tempo meio amarga do "bon vivant" das mulheres e das palavras: Antonio Maria.


Jornalista, comentarista esportivo, compositor e apresentador de tv, nascido em Recife, Antonio Maria foi logo cedo tentar a vida no Rio. Ao utilizar o seu talento indiscutível, o jogo de palavras, Maria marcou época nos jornais "Última Hora", "O Jornal" e "O Globo", dentre outros, ao escrever as suas crônicas diárias. Ele também fazia sucesso no amor: era um indiscutível mulherengo e conselheiro amoroso. Dizia que só precisava de duas horas de papo para as beldades esquecerem o seu rosto, e inebriava qualquer salão da década de 50, seja na boate Vogue ou no Sacha´s, todas elas suas residências mais fixas na época.


Suas valiosas amizades da época se destacam, naipes como Vinícius de Morais, Ary Barroso, Fernando Sabino, Chico Anysio, o ainda desconhecido Chacrinha, Danuza Leão, e tantos outros artistas e compositores consagrados hoje no Brasil e no mundo.

Maria também compôs pelo menos nove obras-primas da música popular brasileira: Ninguém me Ama, As Suas Mãos, O Amor e a Rosa, Menino Grande, Se Eu Morresse Amanhã, Frevo Número Um do Recife, Valsa de uma Cidade, Canção da Volta, Manhã de Carnaval. Infelizmente, hoje não há a devida divulgação da mídia brasileira em relação às músicas do pernambucano e o reconhecimento de um grande repercursor do samba-canção brasileiro.

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