terça-feira, 13 de setembro de 2005

Um estrondo maior! (A bigger bang!)


Recentemente, escutei o mais novo álbum dos "sessentões" astutos dos The Rolling Stones, coberto de músicas inéditas, e o primeiro desde 1997 - "A Bigger Bang". Traz músicas românticas, outras mais pesadas, típicas dos cds mais antigos, e uns blues. E uma delas, que vem ganhando destaque no mundo todo por seu olhar crítico sobre a política imperialista , é a 10ª faixa: "Sweet Neo con". A faixa mexe com George W. Bush, o presidente dos EUA, e seu governo neoconservador. Eu, particularmente, adorei e apóio a banda. A batida de guitarra soa bem, a gaita afiada, com a voz inconfundível de Jagger, criticando o maluco do Bush. Em um dos trechos da música diz:

"Você diz que é cristão, eu digo que é hipócrita/
Você diz que é patriota, pois eu acho que tem a cabeça cheia de merda".

Outras músicas empolgantes como "Laugh, I Nearly Died" e "Streets of Love", mostra que os velhinhos ainda estão com muita disposição e fôlego. Inclusive o guitarrista Keith Richards canta em algumas músicas. Eu estou esperando que eles venham ao Brasil em fevereiro, na turnê do Rio, como prometeram. Se forem mesmo, darei um jeito de vê-los.

Abaixo vejam a letra completa de "Sweet Neo con":

You call yourself a Christian
I think that you're a hypocrite
You say you are a patriot
I think that you're a crock of shit

And listen now, the gasoline
I drink it every day
But it's getting very pricey
And who is going to pay

How come you're so wrong
My sweet neo con....
Yeah

It's liberty for all
'Cause democracy's our style
Unless you are against us
Then it's prison without trial

But one thing that is certain
Life is good at Halliburton
If you're really so astute
You should invest at Brown & Root.... Yeah

How come you're so wrong
My sweet neo con
If you turn out right
I'll eat my hat tonight

Yeah, yeah, yeah, yeah....

It's getting very scary Yes,
I'm frightened out of my wits
There's bombers in my bedroom
Yeah and it's giving me the shits

We must have lots more bases
To protect us from our foes
Who needs these foolish friendships
We're going it alone

How come you're so wrong
My sweet neo con
Where's the money gone
In the Pentagon

Yeah ha ha ha
Yeah, well, well
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Neo con

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

O beijo de Doisneau


"O beijo" (Les Amoureux de L`Hôtel de Ville), de Robert Doisneau.

Talvez o beijo mais famoso do mundo, captado pelo talentoso francês Doisneau. É revisto em cartazes, cartões-postais e pôsteres ao redor do mundo até hoje. Foi leiloada em abril por 155 mil euros, pela mulher da foto.

A foto expressa um momento de romantismo de um casal anônimo de Paris, em plena praça pública do Hotel De Ville, em 1950. Era a Belle Époque de Paris. Doisneau estava imcubido de fotografar apaixonados, para a revista Life. O fotógrafo avistou o belo casal, e pediu para que eles se beijassem ali mesmo. Eles não resistiram à paixão. A espontaneidade e o tesão dos dois foi tamanha que nem pareceu um mero pedido, mas sim o verdadeiro sentido do amor. Um simples beijo que revolucionou a euforia dos casais apaixonados.

Para quem não conhece, que fique conhecendo agora umas das mais belas fotos de romantismo.

Para ver mais fotos de Robert Doisneau: http://www.moorsmagazine.com/fotos/doisneua.html

Notícias do Brasil



**Leiam a crônica que meu pai fez pra o jornal, indignado com a atual situação do nosso país, entregue nas mãos desses depravados políticos.


"Os veículos de comunicação, diariamente, trazem-nos informações acerca das incursões de determinados indivíduos à fazenda pública.
É a interminável corrupção brasileira.
Impressiona-nos a facilidade de movimentação dos vultosos recursos financeiros. Cifras astronômicas passaram pelo valeriooduto: de R$5.000,00 a R$15.000.000,00 per capita, de acordo com o nível de importância na escala de valores vigorante. Além desse desrespeito à ordem financeira, somos alvo das mentiras mais descaradas. Desdenham da nossa inteligência. Consideram-nos indiferentes às ações nefastas cometidas por esses elementos que circundam a política desta República.
Os maus parlamentares, o carequinha, doleiros, tesoureiros sonolentos, aspones de todas as procedências, guerrilheiros arrependidos, cafetinas deslumbradas, madames enigmáticas à cata dos seus quinze minutos de fama, portadores de cuecas infláveis, detentores de malas recheadas e outros partícipes, continuam a compor um cenário tragicômico, uma ópera-burlesca, um surrealismo que assustaria até o pintor espanhol Salvador Dali. Ou estamos diante das cenas terríveis descritas por Dante Alighieri no “Inferno” de sua Divina Comédia?
Basta. Chega. A nossa paciência com esses fatos deve ter limite. Punir os culpados por essas irregularidades é preciso.
Modernizar nossas leis é imprescindível. A reforma profunda do sistema político/eleitoral desse país não pode ser mais adiada.
No campo econômico, ainda persiste o radicalismo ortodoxo que privilegia o capital financeiro em detrimento do investimento produtivo.
Quanto aos recursos orçamentários públicos, devem ser redirecionados, de forma criteriosa, às funções primordiais do Estado: Educação, saúde, habitação, segurança pública, saneamento básico, assistência social, previdência, trabalho, ciência e tecnologia, direitos da cidadania, cultura,
gestão ambiental, transportes, enfim em tudo o que for essencial ao desenvolvimento sustentável da nação.
Enquanto isso, 55 milhões de brasileiros vivem na miséria, com renda familiar inferior a meio salário mínimo por mês. Outros 22 milhões de compatriotas estão na indigência, tentam sobreviver com um quarto de salário mínimo. É preciso dizer algo mais? Torna-se dispensável descrever o reflexo dessa monumental desigualdade social na qualidade de vida de todos nós.
Necessitamos mudar. E essa mudança deve contar com o discernimento de todos os cidadãos entristecidos com o quadro político-econômico atual do nosso Brasil."

Nelson Santiago Filho