segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Notícias do Brasil



**Leiam a crônica que meu pai fez pra o jornal, indignado com a atual situação do nosso país, entregue nas mãos desses depravados políticos.


"Os veículos de comunicação, diariamente, trazem-nos informações acerca das incursões de determinados indivíduos à fazenda pública.
É a interminável corrupção brasileira.
Impressiona-nos a facilidade de movimentação dos vultosos recursos financeiros. Cifras astronômicas passaram pelo valeriooduto: de R$5.000,00 a R$15.000.000,00 per capita, de acordo com o nível de importância na escala de valores vigorante. Além desse desrespeito à ordem financeira, somos alvo das mentiras mais descaradas. Desdenham da nossa inteligência. Consideram-nos indiferentes às ações nefastas cometidas por esses elementos que circundam a política desta República.
Os maus parlamentares, o carequinha, doleiros, tesoureiros sonolentos, aspones de todas as procedências, guerrilheiros arrependidos, cafetinas deslumbradas, madames enigmáticas à cata dos seus quinze minutos de fama, portadores de cuecas infláveis, detentores de malas recheadas e outros partícipes, continuam a compor um cenário tragicômico, uma ópera-burlesca, um surrealismo que assustaria até o pintor espanhol Salvador Dali. Ou estamos diante das cenas terríveis descritas por Dante Alighieri no “Inferno” de sua Divina Comédia?
Basta. Chega. A nossa paciência com esses fatos deve ter limite. Punir os culpados por essas irregularidades é preciso.
Modernizar nossas leis é imprescindível. A reforma profunda do sistema político/eleitoral desse país não pode ser mais adiada.
No campo econômico, ainda persiste o radicalismo ortodoxo que privilegia o capital financeiro em detrimento do investimento produtivo.
Quanto aos recursos orçamentários públicos, devem ser redirecionados, de forma criteriosa, às funções primordiais do Estado: Educação, saúde, habitação, segurança pública, saneamento básico, assistência social, previdência, trabalho, ciência e tecnologia, direitos da cidadania, cultura,
gestão ambiental, transportes, enfim em tudo o que for essencial ao desenvolvimento sustentável da nação.
Enquanto isso, 55 milhões de brasileiros vivem na miséria, com renda familiar inferior a meio salário mínimo por mês. Outros 22 milhões de compatriotas estão na indigência, tentam sobreviver com um quarto de salário mínimo. É preciso dizer algo mais? Torna-se dispensável descrever o reflexo dessa monumental desigualdade social na qualidade de vida de todos nós.
Necessitamos mudar. E essa mudança deve contar com o discernimento de todos os cidadãos entristecidos com o quadro político-econômico atual do nosso Brasil."

Nelson Santiago Filho

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo excelente blog. Estarei sempre por aqui acompanhando as novidades e certamente você trará assuntos de relevância para o seu público. Grande abraço.

Anônimo disse...

Parabéns Grande "Nelsão" pelo excelente artigo. Formidável. Um forte abraço.

Anônimo disse...

e aih marcelll!! td certo?! ficou massa o blog ;)

abração moral!