quinta-feira, 19 de março de 2009

Obamismo



Seria mesmo indícios de socialismo? Ou uma política meio comunista meio capitalista? É o que hoje os americanos de direita radical se perguntam sobre a política de Obama face a crise mundial.

Depois da doação de 180 bilhões de dólares para a maior seguradora do mundo, a AIG, o governo Obama tem recebido duras críticas.

O presidente norte-americano não pode deixar falir uma empresa considerada de grande porte como a AIG, mas também não pode doar bilhões para melhorar a situação da bolsa. Assim fica complicado. O economista ganhador do Nobel de 2007, Eric Maskin, comenta na Veja dessa semana que a estratégia evidente é ajudar essas companhias, se preciso for, estatizá-las e depois privatizá-las ao acabar a crise. É um processo meio comunista que, na verdade, ajuda a engrenagem do capitalismo, tudo no seu tempo certo.

Fica a questão se essas medidas vão prejudicar a concorrência, ou seja, se os bancos e seguradoras menores que, apesar da crise, estão crescendo, vão despencar já que não receberam incentivos federais. Nesse caso, pode ocorrer um certo medo dos correntistas já acanhados no momento, piorando ainda mais a crise financeira.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Frost / Nixon


Eu começo minha postagem falando do filme Frost/Nixon, indicado ao Oscar mês passado, lançado em 2008 e dirigido pelo experiente Ron Howard (Uma mente brilhante e A luta pela esperança).

A película retrata a entrevista do ex-presidente Richard Nixon (o excelente ator Frank Langella) realizada pelo apresentador sensacionalista de tv britânico David Frost (o ótimo Michael Sheen), já um pouco decadente na mídia norte-americana. Em 1977, depois de três anos longe dos holofotes, Nixon aceita participar de uma série de entrevistas para esclarecer o escândalo de Watergate, já que o presidente renunciou ao cargo e não pediu desculpas nem muito menos se explicou diante do povo estadunidense.

O Frost não tinha muita a ver com política, mas tinha a idéia centrada no inédito perdão de Richard Nixon diante da mídia americana, com o objetivo de reconquistar a reputação dos telespectadores. Em contrapartida, o ex-presidente aceitou o convite pensando em manipular facilmente a situação com a sua lábia e convicção, e retocar a sua imagem para o mundo. Sendo assim, as entrevistas tornaram-se verdadeiras batalhas e lutas de ambas as partes, não com pernas e braços, mas com a poderosa língua.

Como bem retratou a revista Super Interessante desse mês, podemos fazer uma adaptação para nossa história. Imagine-se em 1995, 3 anos depois da renúncia, o nosso ex-presidente Fernando Collor de Mello topa ser entrevistado em rede nacional pelo nada mais nada menos apresentador Otavio Mesquita (A Noite é uma Criança, Band) para confessar as denúncias do seu irmão Pedro Collor (edição Veja de 27 de maio de 1992). O filme demonstra essa diferença dos dois nas conversas.

Para a surpresa de todos, o Frost consegue o que queria e vence a batalha de entrevistas com o eloqüente Nixon, e o perdão é dado para os eleitores que não haviam engolido até aquele momento uma parte nebulosa da história americana.


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Vejam o trailer do filme no YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=Ibxs_2nDXUc

O retorno!

Ola à todos!

Desde 2006 que eu não converso com vocês por aqui, mas agora decidi voltar para valer mesmo. Eu quero sempre manter esse contato sem compromisso, uma conversa light, para aliviar o estresse do nosso dia-a-dia.

Muita coisa aconteceu na minha vida de "la para ca", como por exemplo o teclado que eu estou usando agora é francês, pois acabo de chegar de um intercâmbio na França de 1 ano e 2 meses. Isso explica a falta dos devidos acentos no texto. Em breve, vou providenciar um teclado português.

Enfim, tenho muitas "poucas e boas" para contar para vocês.

Abraços.